sábado, 25 de julho de 2020

Crônicas da Cidade Pandêmica: I am Bread

Fonte: wikipedia


O prazer da comida é algo tão bom, que a religião teve de transformar em pecado. Qual a razão da gula existir, afinal? Certamente os religiosos de antigamente não estavam nada preocupados com o peso dos fieis, e sim em tolhir os mais empolgados de comer toda  a comida, que devia ser escassa, dos peregrinos no deserto.

Mas vivemos em tempos mais modernos, e comida é algo que domina muitas mentes nestes dia,s particularmente em tempos de quarentena, pois não. Mais de um amigo veio me falar que descobriu os prazeres da culinária durante estes tempos meio esquisitos, e não os culpo - afinal, era isso, ou pedir comidas cada vez mais caras pelo motoboy, e isso sem saber exatamente se o indivíduo está sendo pago direito ou não. Assim, muitos abriram a consciência, fecharam a carteira, e tocaram a aprender a realizar seus quitutes mais queridos ao coração.

Aqui em casa, como em muitas outras, houve o milagre da criação do pão: pães diversos, cheirosos, deliciosos, feitos pelas mãos hábeis de Aline Hesse Garcia. Sendo justo, ela já fazia pães bem antes disso ser moda (tornando-a talvez uma padeira hipster?). Contudo, graças à pandemia, ela foi aperfeiçoando seus dotes nessa questão, enquanto eu prossegui minhas descobertas na variação de almoços (algo que contarei melhor em outra ocasião).

Com isso, amigos, descobri o grande prazer que é acordar com o cheiro de pão novo pela casa toda. Uma sensação ímpar, que estou certo que muitos que leem este blog já tiveram o prazer de ter. É engraçado o quanto ele aponta menos para o estômago e mais para a alma, como se o dia novo, cheio de oportunidades, fosse ele mesmo um pão quentinho, gostoso. O forno, portanto, é a nossa mente, ou talvez nossa alma. Ainda preciso pensar mais a respeito disso.

Isso tudo foi para dizer amigos, que o pão é um alimento dos deuses. EU SAÚDO O PÃO!

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