terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Crônicas do Novo Normal: 2022 e o quebra-cabeça musical.


Eu tenho ouvido muita música nos últimos dias. George Harrison, Paulo Diniz, Rita Lee, Modest Mouse...A lista é grande é entremeada de um monte de cantores e bandas bem ecléticos. Acho que isso vem do meu entendimento de música: ela serve menos como identidade, e mais como uma espécie de gabinete de emoções: o que você quer sentir hpje? O que você precisa sentir hoje?  Não é a toa que quem sofre, tende a pôr uma playlist de seu cantor favorito para chorar: Música é exorcismo também, acima de tudo. 

Talvez por isso eu esteja ouvindo tanta música esses tempos, pois a verdade é que eu tenho tentando pensar em que espécie de pessoa eu quero ser neste ano que virá. Tenho certeza que muitos dos leitores também pensam da mesma forma, naquele tipo de resenha crítica de como foi seu ano. Se assim for, espero que vocês tenham tido compaixão consigo mesmos, e percebido que muita coisa não poderia ser feita: estamos ainda no meio de uma pandemia (que inclusive, parece que vai voltar com alguma força em 2022), há que se fazer o que se tem forças físicas e mentais para conseguir. 

Mas no meu caso, tenho pensando muito nisso porque existem grandes mudanças vindo em 2022, pessoalmente. E eu sempre me sinto a deriva um pouco nesses momentos, e por isso ouço tantas canções , antigas e novas. Suponho que busco nelas algum pedaço de mim cnatado por outra pessoa, para poder me remontar de uma forma mais colorida. 

O resultado é tão híbrido quanto confuso: um pedaço meu está naquela canção do Nirvana, mas também tem um pouco ali em Beatles. Outro talvez eu encontre naquela canção do Roberto, outro pode estar nas canções da Gal mesmo; tudo é uma busca. Os ouvidos ficam zunindo depois de tantas sessões(pois não sou nada além de fanático nessas buscas), mas há mesmo uma paz grande em meu peito quando consigo encontrar esses pedaços, algo como a sensação de uma peregrinação cumprida, que foi satisfatória. 

Ainda estou buscando muitos pedaços. Mas quem sabe até o fim de Janeiro eu já não tenha uma boa ideia? Por hora, sigo o conselho do velho filósofo: vou conhecendo a  mim mesmo, com a trilha sonora que eu achar que encaixa melhor. 


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