segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Crônicas do Novo Normal: Cosa Nostra, Coisa Nossa



Porque o filme prequel de Sopranos  estreou esses dias, eu me dediquei a uma leve maratona da série. Sendo bem honesto, eu nunca reamente terminei  a série; ao longo desses anos, vi pedaços aqui e ali, e sempre parei em algum ponto da vida. Desde o fim da série, tenho tentado conseguir terminar tudo; agora que tenho acesso via HBO MAX, talvez eu tenha mais sucesso que anteriormente. 

Sopranos faz parte da minha vida, assim como uma série de outros filmes de crime organizado, bandidos, e filmes sobre assassinatos em geral. Não sei dizer exatamente desde quando eu comecei a assistir filmes assim, ou a ler livros assim; o que posso dizer é que provavelmente foi bem mais cedo do que eu deveria ter visto tais coisas, pelo menos uns 5 ou 6 anos mais cedo. Mas o estrago estava feito, e desde então tenho um fraco por estas narrativas. 

De fato, estes filmes/séries/jogos/o que seja, são tão próximos de minha experiência de vida, que às vezes me pergunto o que isso significa. Eu falei anteriormente sobre a sociedade vendo freneticamente programas como Datena e companhia, mas e quanto a assistir pessoas horríveis cometendo atos horríveis?  As respostas podem ser mais surpreendentes que pensamos; alguns especialistas dizem que os criminosos nos filmes são retratos tortuosos de nossa sociedade, de nossa psiquê coletiva mesmo. Afinal, cada época tem um tipo específico de criminoso, não é? 

Não sei dizer, e com certeza pessoas mais inteligentes que eu devem saber discutir isso com muito mais detalhes. O fato é que essas obras me deixam... tranquilo, digamos. E penso que é, talvez, porque ali as coisas (por mais violentas e agressivas que sejam), fazem sentido. Ações e reações, extremas que sejam, tem uma ligação direta uma com a outra. O tiro na cabeça é consequência de alguma paga por falhar na Omertá ou algo assim. 

Ou talvez eu só queria mesmo arrumar desculpa por amar filmes com criminosos. 

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