sábado, 13 de junho de 2020

Crônicas da Cidade Pandêmica: love love love


Conheci a Aline em 2015. Nos vimos pela primeira vez em 2016, mas conhecer mesmo, foi em 2015. Pela internet. Que forma mais incerta de conhecer alguém existirá? Só pela internet mesmo.

Naquela época, eu estava desiludido com o amor. uma frase clichê, mas verdadeira: eu realmente não tinha nenhuma confiança de encontrar uma parceira para a vida, até porque eu tinha pouquíssima confiança em mim mesmo. Acho que o meu maior crítico sempre fui eu; seja por erros do passado, seja por não confiar em mim mesmo, eu nunca me entendi como uma pessoa fácil de conviver.... honestamente, acho que sou um verdadeiro chato.

Então a conheci, e acho que foi como se uma porta se abrisse. Talvez o leitor já tenha passado por isso: é menos a paixão arrebatadora dos filmes, e mais uma ideia de pertencimento. Sim, pois com ela, cada diz que íamos nos conhecendo, eu me sentia de novo á vontade no mundo. Eu, que havia desistido de ter conforto neste vale de lágrimas, encontrei-me parte dele novamente, e sorri como nunca tinha sorrido antes, e senti como nunca senti antes.

Ela me fez perceber que as coisas boas que eu sentia quando criança, ainda existiam; eu apenas havia enterrado-as fundo no coração (como acho que muitos fazem, infelizmente). Ela me deu olhos que eu não tinha, para os sentimentos do mundo; ela me deu vida aonde antes tudo estava morto. Não estou exagerando quando digo: ela me salvou de mim mesmo, de um caminho sombrio que eu estava seguindo.

Hoje, somos casados, desde 2018. E 4 anos e mais de 4 meses depois, ainda dançamos pela casa, e cantamos juntos, e brincamos nossas brincadeiras bestas. Sonhamos também, algo fundamental para qualquer casal: quando você sonha junto, você constrói junto, e acho que isso é algo forte para unir duas pessoas. E assim eu e ela seguimos juntos...

Te amo Neguinha. Obrigado por ser minha parceira contra esse mundo!

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