domingo, 21 de fevereiro de 2021

Crônicas do Novo Normal: Comida é comida mesmo, nada de pasto.


Comida é uma das melhores coisas que existe, com a vantagem de ser algo que a gente realmente pode ir lá na cozinha e fazer -  desde que você tenha os ingredientes necessários para isso. Quantas vezes a gente não vai lá, olha a receita direitinho no youtube ou instagram da vida, só pra perceber que de cinco ingredientes, você só tem dois e olhe lá? Confesso que eu já passei muito por isso, e a saída é simples: você improvisa com o que tem. Assim, o que era pra utilizar uma cenoura vira um tomate, uma azeitona preta vira azeitona verde mesmo, e assim por diante. 

Sim, assim como tantos outros quarententers (me odeio por ter usado esse termo), também eu mergulhei de cabeça no mundo da cozinha freestyle. A bem da verdade, eu já era adepto a muito tempo: quando você casa com uma mulher que é vegetariana e quer fazê-la feliz na barriguinha, tem que ter um certo esforço no que concerne aprender receitas (já que você n~çao pode simplesmente correr e fazer um bifinho de almoço), e eu sempre fui um ávido explorador de coisas que eu não conheço direito. Assim, a mais de 5 anos que aprendo bastante sobre temperos, sabores, e sensações diferentes que a comida pode causar em nosso paladar. 

Contudo, confesso que eu me permiti explorar bastante receitas diferentes nestes quase 365 dias de quarentena: seja porque eu queria ter uma comida mais chique em minha casa feita por mim mesmo, seja por puro tédio, essa foi sim uma atividade que eu me dediquei bem. houveram, é claro, tropeços ao longo destas experiências: um macarrão mole demais, um huevos rancheros particularmente sem graça... E a pimenta, oh Deus. Como é fácil errar com pimenta! Basta uns toques a mais, e o que era para ser um toque leve de picância torna-se um vulcão em forma de almoço - e com consequências desastrosas mais tarde no vaso sanitário. 



Mas um dia, fatalmente, você acerta no ponto, e como ficam boas as comidas (ou pelo menos boas o suficiente para você)! O principal problema, se é que podemos chamá-lo assim, é que nosso paladar fica extremamente exigente, e as comidas que se pede pelo Ifood e derivados são julgadas por parâmetros muito mais rigorosos. Afinal de contas, para que pedir uma pizza salgada, se eu mesmo posso salgar a minha em casa, tranquilamente? Ou pedir um strogonoff, quando é muito mais prático você fazer o seu próprio, possivelmente com muito mais gosto que o de fora, porque é o seu tempero? 

A cozinha é liberdade, povo meu. Se você ainda não foi lá buscar a si mesmo, tente! Aposto que você vai se surpreender - para o bem ou para o mal!


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