2021, apesar dos pesares, tem se mostrado uma espécie de versão com esperança de 2020. Até mesmo em situações estapafúrdias como nos EUA, onde quase houve um golpe de Estado por um bufão alaranjado, O medo anda lado a lado com a esperança do povo estadunidense de mudanças (ou pelo menos, de marasmo sem loucuras) que promete Joe Biden. Ao redor do mundo, caminhando atrás da nova variação da COVID que já assola o Reino Unido, vem a vacina, tão esperada quando aclamada, qualquer que seja sua origem.
No Brasil, o clima é o mesmo, mas como sempre, tem-se o ranço do governo atual. Graças a este, Manaus sofre, e a vacina, que em teoria iria ser entregue hoje para começarem a vacinação, chegou mega-atrasada, e só deu para fazer umas vacinações simbólicas. Isso sem contar as fake news, que já pipocam, sobre o papel do Governo Bolsonaro na criação dessa vacina; do jeito que estão, só mostram o desespero dos bolsonaristas, tentando cantar a vitória pertencente a outro.
Apesar disso tudo, a esperança cresce nos brasileiros. Engraçado como isso se percebe nas pequenas coisas, seja na forma que as notícias são mostradas, seja na exaltação do pessoal (carregada de memes, claro) pelas redes sociais... o otimismo tomou conta das ruas. Isso pode ser perigoso, levar a uns exageros da galera nas ruas? Pode, mas acho que podemos tentar confiar um pouco no bom senso, talvez, e se permitir sentir a esperança chegando. Talvez seja algo que estivéssemos precisando mesmo, depois de um ano tão cheio de mortes e derrotas como foi 2020.
É claro que precisamos nos manter vigilantes. Uma vitória não nos livra do perigo, e nem nos alivia do peso de tantas tragédias e mortes. Mas consideremos o começo de 2020, com a Austrália pegando fogo, e em seguida o Covid arrasando planos e vidas. A vacina, nesse sentido, funciona como um imã de boas coisas (ou talvez uma espécie de amuleto de sorte), além de nos proteger da doença mortífera. Que seus bons desígnios permaneçam e se cumpram.
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