domingo, 5 de setembro de 2021

Crônicas do Novo Normal: Comer comer, é o melhor para poder crescer

 


  Todo professor de idiomas vai lhe dizer o mesmo: o melhor assunto para puxar conversa com um aluno (e, com isso, fazer ele falar mais na língua que estamos ensinando ), é comida. Mais de uma vez, eu já consegui tornar uma aula com alunos exaustos de um dia de trabalho, em algo até mesmo divertido e muito produtivo, simplesmente porque o tema da aula era algo em relação à cozinha regional, ou pratos favoritos, ou mesmo o que o indivíduo teria almoçado naquele dia. 

Sim, a comida é um quebra-gelo muito eficiente... e como não seria, não é mesmo? Posso ser suspeito para falar , pois amo fortemente cozinhar e comer, mas me parece ter algo de mágico nos pratos que devoramos com prazer ao longo de nossas vidas, não acham? E nem precisa ser algo chique não: muitas vezes, um bom ovo frito feita na manteiga já é um manjar digno dos deuses. Essa semana mesmo, não negarei, foi a promessa para mim mesmo de uma farofa de ovo como café da manhã foi o que me deu forças para pular fora da cama e começar um novo dia de trabalho...

De fato, a comida é tão importante para mim, que quando chego nos lugares que estou visitando, a minha segunda preocupação (já que a primeira é relativa aos museus que eu quero visitar), é "qual a comida típica daqui". Quando cheguei em São Paulo, aliás, percebi o quanto eu era feliz com relação a isso: a comida típica daqui são todas, desde culinária árabe, passando pela grande influência italiana, culminando na beleza rara que é a comida japonesa desta cidade. E em algum lugar tem espaço para os pastéis e Sanduíches de mortadela também, é claro, mas Por hora, fiquemos apenas em comidas de almoço.

Durante a pandemia, creio que nossa relação com a comida ficou muito mais profunda - para o bem e para o mal. Alguns aprenderam a cozinhar coisas que nem seuqer sonhavam antes, outros comeram desesperadamente como se não houvesse amanhça - e talvez estivessem certos, não é mesmo? De qualquer forma, aos que não partiram desse mundo, resta enfrentar a dura realidade da balança, e ao mesmo tempo se comprazer da chance que se tem de experimentar novos sabores e preparos de comidas fantásticas pelos dias melhores que, quero crer, virão em breve.

Mas chega de filosofar. O que você vai almoçar/jantar/lanchar hoje, amigo leitor?




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